quinta-feira, 14 de abril de 2011

Bancos de desenvolvimento dos Brics fecham acordo de cooperação (Postado por Erick Oliveira)

Os bancos de desenvolvimento dos países do Brics, grupo formado pelos emergentes Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, fecharam um acordo de cooperação para ampliar investimentos e comércio entre as potências emergentes.
Segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o acordo terá prazo de vigência de cinco anos e prevê o fortalecimento da cooperação financeira entre as instituições signatárias e o desenvolvimento do relacionamento econômico e comercial entre os países dos BRICS.
"O objetivo do grupo é propor, em 2012, duas medidas básicas: a criação de instrumentos que permitam a efetiva atuação conjunta das instituições, a fim de fomentar as relações comerciais entre os países, e mecanismos financeiros e operacionais que facilitem o apoio a projetos de interesse comum", informou o BNDES em comunicado.
O documento foi assinado na cidade de Sanya, na China, onde foi realizada a III Cúpula dos Chefes de Estado e de Governo dos Brics. Na ocasião, também foi firmado um protocolo de acesso que formalizará a adesão do banco de desenvolvimento da África do Sul ao grupo.

Para dar andamento ao processo, será formado um grupo de estudos integrado por representantes das cinco instituições – BNDES, China Development Bank (CDB), Bank for Development and Foreign Economic Affairs (Vnesheconombank, Rússia), Export-Import Bank of India (Eximbank, Índia) e Development Bank of Southern Africa (DBSA).

"A atuação e peso dos BRICS na economia mundial têm sido cada vez maiores. A crise financeira internacional de 2008 mostrou o potencial destes países na sustentação do crescimento global, o que aumentou as perspectivas de que essas nações possam ampliar sua influência também na dinâmica sociopolítica do planeta", disse o BNDES.
"O BNDES surge como um dos agentes de desenvolvimento dotados de uma crescente relevância. Em 2010, o Banco desembolsou o equivalente a US$ 96,3 bilhões, cifra superior ao de outras instituições internacionais de fomento, como o Banco Mundial, que liberou US$ 18,6 bilhões; o Banco Interamericano de Desenvolvimento, US$ 11,4 bilhões; e a CAF - Corporação Andina de Fomento -, US$ 4,6 bilhões", acrescenta o texto.

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