domingo, 1 de novembro de 2015

Avião que caiu no Egito se partiu no ar, diz investigador

1 nov 2015 15h41

Segundo o responsável russo pela apuração do desastre, ainda é cedo para se tirar conclusões sobre a causa da queda. O Airbus A321-200 caiu no Sinai, matando todos os 224 ocupantes. Primeiros corpos já foram resgatados.
O avião russo que caiu no Sinai, matando todos os 224 ocupantes, se partiu no ar antes de atingir o solo, segundo afirmou neste domingo (01/11) o responsável pela investigação conduzida pelas autoridades russas.
"O avião se partiu no ar, e os fragmentos estão espalhados por uma grande área de cerca de 20 quilômetros quadrados", informou Viktor Sorotchenko, diretor do Comitê Intergovernamental de Aviação (MAK), citado por agências de notícias russas. Ele ressaltou, entretanto, ser "muito cedo para tirar quaisquer conclusões sobre a causa do desastre".
Especialistas internacionais começaram neste domingo a investigação da queda da aeronave na Península de Sinai, no Egito, enquanto as equipes de resgate ampliaram a busca por vítimas desaparecidas.
Caixas-pretas
Analistas egípcios começaram os exames do conteúdo das duas caixas-pretas recuperadas do avião, embora, de acordo com uma fonte da aviação civil, o processo possa levar dias para ser concluído.
O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, apelou para que se aguarde o resultado das investigações a causa do acidente, mesmo depois de o grupo jihadista "Estado Islâmico" (EI) ter alegado que derrubou o Airbus A321-200. "Vamos deixar os especialistas determinarem a causa da queda do avião, pois ela requer investigação técnica extensa e complicada", disse Al-Sissi, citado pela agência de notícias estatal egípcia Mena.
Tanto Cairo como Moscou têm desmentido a reivindicação de atentado feita pelo EI, que afirma ter derrubado o avião da companhia aérea Kogalymavia, que operava sob o nome MetroJet na rota entre Sharm el-Sheikh, no Egito, e São Petersburgo, na Rússia.
Segundo o primeiro-ministro egípcio, Sharif Ismail, especialistas confirmaram que os jihadistas do EI não poderiam ter derrubado o Airbus A321-200, porque este voava a uma altitude de 9 mil metros. O ministro dos Transportes russo, Maxim Sokolov, por sua vez, declarou que a reivindicação "não pode ser considerada precisa".
Primeiros resgates
No local do acidente, no norte do Sinai, na área de Wadi al-Zolomat, numerosas partes enegrecidas do avião estão espalhadas por uma vasta área, e há cheiro de metal queimado persistente no ar, segundo o correspondente da agência AFP.
Um oficial do Exército envolvido nos esforços de busca relatou que as equipes de resgate recuperaram 163 corpos, incluindo o de uma menina, encontrado a oito quilômetros dos destroços principais. Ao todo havia 17 crianças do voo.
Seis especialistas da Airbus se encontram no Egito para ajudar nas investigações, assim como dois peritos em acidentes aéreos da França, onde a empresa aeroespacial europeia está sediada.
MD/rtr/afp/lusa/dpa
Deutsche Welle Deutsche Welle

sábado, 31 de outubro de 2015

Avião russo com mais de 200 pessoas cai no Egito

  • Há 3 horas



Image copyright AP
Image caption Familiar de vítima de acidente com avião russo no Egito busca informações no aeroporto de Pulkovo, em São Petesburgo

Um avião de uma companhia áerea russa caiu na manhã deste sábado no Egito com mais de 200 pessoas a bordo.
O Airbus A321 havia acabado de decolar da região turística de Sharm el-Sheikh, no Mar Vermelho, com destino a São Petesburgo, na Rússia.
A autoridade egípcia de aviação civil confirmou que destroços do avião foram localizados numa área montanhosa na região de Hassana, ao sul da cidade de Arish, norte do Sinai. Autoridades do Egito informaram que não há sobreviventes.
O capitão da aeronave solicitou um pouso de emergência em Arish, mas o avião não conseguiu chegar e caiu a 50 km da pista, informou a repórter da BBC no Cairo Ranyah Sabry.

Image caption Mapa com destaque para a cidade turística de Sharm el-Sheikh, de onde partiu o voo
A caixa preta da aeronave e mais de cem corpos já foram localizados em um raio de 2 km do local da queda, de acordo com a repórter.
Leia também: Como é a tecnologia para acompanhar e rastrear um avião?
Segundo autoridades do Egito, a maioria dos passageiros do voo da companhia aérea russa Kogalymavia, do oeste da Sibéria, também conhecida como Metrojet, era de nacionalidade russa. A aeronave levava 217 passageiros - 17 deles crianças - e sete tripulantes.
A agência estatal de notícias russa RIA Novosti informou que a tripulação do avião acidentado havia relatado problemas de motor durante a semana - a agência atribuiu a informação a uma fonte no aeroporto de Sharm el-Sheikh.

Image copyright Flightradar24
Image caption Mapa da empresa de monitoramento de voos Flight Radar 24 mostra o espaço aéreo da Península do Sinal no momento em que o voo KGL 9268 sumiu dos radares
A correspondente da BBC no Cairo, Orla Guerin, disse que há "muito pouca esperança" de que haja sobreviventes.
Ela também disse que haverá especulações sobre possível envolvimento de radicais islâmicos no acidente, já que a região do Sinai conta com uma rede ativa de militantes aliados ao grupo extremista autodenominado "Estado Islâmico".
Guerin afirmou, no entanto, ter ouvido de uma fonte que a aeronave voava a uma altitude em que não poderia ser atingida por algo do solo.
O órgão de aviação russo Rosaviatsiya afirmou, em nota oficial, que o voo KGL 9268 deixou Sharm el-Sheikh às 6h51 pelo horário de Moscou (1h51 pelo horário de Brasília) e tinha pouso programado no aeroporto Pulkovo, de São Petesburgo, às 12h10 (7h10 pelo horário de Brasília).

Perda de altitude

O órgão disse ainda que o avião deixou de fazer contato com o controle aéreo do Chipre 23 minutos após a decolagem e desapareceu do radar em seguida. O avião voava a uma altitude de 9.400 metros quando perdeu contato com o solo.

Image copyright AFP
Image caption Familiares e amigos de passageiros do voo da Metrojet que caiu no Egito foram ao aeroporto de São Petsburgo em busca de informações
O serviço de rastreamento de voos em tempo real Flight Radar 24 informou à BBC que a aeronave perdeu altitude de forma muito rápida - cerca de 1.500 metros por minuto antes de sumir dos radares.
Um centro para atender familiares dos passageiros foi montado no aeroporto de Pulkovo, segundo a agência de notícia russa Tass. O presidente russo, Vladimir Putin, decretou luto nacional neste domingo.
Simon Calder, editor de turismo do jornal britânico The Independent, disse à BBC que companhias aéreas russas possuem um histórico de segurança "relativamente ruim" na comparação com companhias da Europa Ocidental. O especialista disse ainda que a aeronave em questão possui 18 anos de uso e um "histórico de segurança muito bom".

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Após encarar oposição, Dilma embarca para Rússia

: Presidente embarcou nesta manhã para a Rússia, onde participará da reunião da cúpula dos Brics, depois de ter desferido críticas, em entrevista, a uma "certa oposição um tanto golpista"; antes Dilma fará uma parada na Cidade do Porto, em Portugal; chegada à cidade russa Ufá está prevista para depois das 18h, em tempo de participar do jantar de abertura oficial da cúpula

7 de Julho de 2015 às 14:33247 —  A presidente Dilma Rousseff embarcou na manhã desta terça-feira, 7, para a Rússia, onde participará da reunião da cúpula dos Brics - grupo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Antes de chegar a Ufá, na Rússia, Dilma fará uma parada na Cidade do Porto, em Portugal.  Antes de embarcar para a reunião do Brics, a presidente Dilma enquadrou a oposição golpista, liderada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG). Em entrevista à Folha de S. Paulo, publicada nesta segunda-feira, Dilma usou a palavra correta para denunciar o movimento antidemocrático que vem sendo liderado por determinada ala da oposição. Ao ser questionada sobre se terminará ou não o mandato, Dilma foi direto ao ponto e disse que isso representa apenas o desejo de uma certa oposição "golpista" (leia mais). Segundo a assessoria do Palácio do Planalto, o avião presidencial não tem autonomia de voo, sendo necessária a parada técnica, e, por ser uma viagem longa, foi decidido o pernoite. Até agora não está prevista nenhuma agenda oficial na Cidade do Porto.  Em janeiro do ano passado, entre a Suíça, onde participou do Fórum Econômico Mundial de Davos, e Cuba, Dilma fez uma parada em Lisboa. Ela passou a noite na capital portuguesa e foi a um restaurante. A parada não constava na agenda oficial. A chegada a Ufá está prevista somente para depois das 18h desta quarta-feira, em tempo de participar do jantar de abertura oficial da cúpula, no restaurante Dasko Garden, junto com os demais líderes do grupo.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Clima: emergentes estreitam propostas

Divulgação
Izabella (E) e os ministros do Basic: ação conjunta
Em reunião nas Nações Unidas, Brasil, África do Sul, Índia e China defendem justiça e ambição no futuro protocolo que regulará emissões de carbono no mundo
Por: Lucas Tolentino - Editor: Marco Moreira

O Brasil declarou intenções conjuntas com África do Sul, Índia e China no novo acordo de corte de emissões de gases de efeito estufa, que deverá ser fechado pela comunidade global em dezembro próximo. Reunidos em Missão Oficial junto às Nações Unidas, em Nova York, os ministros de Meio Ambiente destas nações acordaram a necessidade de metas diferenciadas de redução conforme a realidade de cada nação

Juntos, os quatro países formam o chamado grupo Basic. Apesar de não negociarem em bloco, fazem reuniões periódicas para alinhavar questões comuns que são defendidas, anualmente, nas Conferências das Partes (COP) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC. Na sigla em inglês). A 21ª COP ocorrerá em dezembro, em Paris, e deverá gerar um acordo internacional capaz de frear o aquecimento global.
COMPROMISSO
A ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, e os demais representantes do Basic defenderão, na COP 21, um compromisso com obrigações diferentes para as nações desenvolvidas e para as em desenvolvimento. “Queremos um acordo justo e robusto”, destacou Izabella. A intenção é que os países desenvolvidos assumam metas mais ambiciosas, enquanto os em desenvolvimento se fortalecem para assumir compromissos maiores no corte de emissões.
Para limitar o aumento da temperatura média global a até 2 graus Celsius, o Basic defenderá a manutenção do princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas, no corte de emissões de gases de efeito estufa. Com isso, e expectativa é alcançar o maior esforço possível dos 193 países signatários da UNFCCC, conforme as possibilidades, singularidades e realidades econômicas e sociais de cada um.
Além disso, os ministros concordaram que o novo acordo climático deverá garantir a transparência e ser implantado com mecanismos de revisão capazes de preencher possíveis lacunas futuras. O grupo ressaltou, ainda, a importância das Contribuições Intencionais Nacionalmente Determinadas (INDCs, na sigla em inglês), que englobam medidas específicas para serem cumpridas pelos países quando o acordo começar a valer.
NAÇÕES UNIDAS
Após a reunião com os ministros do BASIC, na tarde de domingo (29/06), Izabella Teixeira participou do Painel de Alto Nível da Organização das Nações Unidas (ONU), que debateu questões como mitigação, adaptação e meios de implementação das políticas para mudanças climáticas. O encontro teve por objetivo impulsionar o compromisso dos países para o novo acordo climático, a ser firmado na COP-21.
Em seu discurso durante o Painel, a ministra Izabella destacou que o Brasil está no estágio final de elaboração das INDCs. “Também estão em curso nossas ações de mitigação voluntárias de redução de 36% das emissões projetadas no Brasil até 2020, ou mesmo antecipar esses resultados”, destacou a ministra.
SAIBA MAIS
Por mais que seja considerado natural, o efeito estufa tem aumentado nas últimas décadas e gerado mudanças do clima. Essas alterações decorrem do aumento descontrolado das emissões de substâncias como o dióxido de carbono e o metano. A liberação desses gases na atmosfera ocorre por conta de diversas atividades humanas, entre elas o transporte, o desmatamento, a agricultura, a pecuária e a geração e o consumo de energia.

Diante disso, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a Rio 92, teve como resultado o estabelecimento da UNFCCC, que conta com 193 países signatários. Todos os anos, representantes de todas essas nações se reúnem na Conferência das Partes (COP) para elaborar metas e propostas de mitigação e adaptação e para acompanhar as ações e acordos estabelecidos anteriormente.

No âmbito da UNFCCC, o Protocolo de Kyoto obriga os países desenvolvidos a reduzir em 5% as emissões com base nos dados de 1990. Firmado em 1997 na cidade japonesa, o pacto teve, inicialmente, a adesão de 37 nações ricas, que assumiram diferentes compromissos dentro da meta global de diminuição. Apesar de estar fora do grupo, o Brasil assinou voluntariamente o protocolo e definiu metas próprias de redução em território nacional. O Protocolo vigora até 2020, quando será substituído pelo acordo que as Partes pretendem negociar e assinar no fim deste ano, na COP 21, em Paris.
 
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) - 2028.1165

sábado, 27 de junho de 2015

sábado, 30 de maio de 2015

Pequim inicia proibição ao fumo em lugares públicos fechados

Em Pequim

  • Garota fuma em área comercial em Pequim, na China, em foto tirada em junho de 2014. A partir da próxima segunda-feira (1º) estará proibido fumar nos locais públicos fechados na cidade Garota fuma em área comercial em Pequim, na China, em foto tirada em junho de 2014. A partir da próxima segunda-feira (1º) estará proibido fumar nos locais públicos fechados na cidade
A partir da próxima segunda-feira estará proibido fumar nos locais públicos fechados de Pequim, mas muitos duvidam que a medida possa vingar no reino do tabaco.
Em um país onde é muito comum fumar nos restaurantes, nos elevadores e nos táxis, a capital chinesa pretende lançar mão de uma firmeza inédita, inspirando-se nas legislações dos países desenvolvidos.
Os estabelecimentos comerciais que descumpram a norma serão sancionados com uma multa que poderia chegar aos 10.000 iuanes (cerca de 5 mil reais), enquanto os fumantes que infrinjam a lei terão que pagar o equivalente a 100 reais.
O tabaco estará igualmente proibido em alguns espaços ao ar livre, como os estabelecimentos escolares, esportivos ou hospitalares. A publicidade de cigarros estará proibida nos ambientes externos.
Ao contrário do que aconteceu outras vezes, parece que agora as autoridades estão dando mais importância a esta iniciativa sanitária - cuja campanha publicitária contou com a participação de celebridades e artistas.
Antes de tudo, trata-se de avançar em um terreno em que a China, primeiro produtor e consumidor do mundo, está em defasagem na luta antitabaco mundial.
Mais de um terço dos cigarros fabricados no mundo são fumados na China, onde continuam sendo muito baratos.
O país conta com mais de 300 milhões de fumantes e um chinês em cada dois é viciado em tabaco. O tabaco causa a morte de uma pessoa a cada 30 segundos e seu custo em escala nacional é de milhares de milhões de reais.
Assim, a experiência de Pequim, uma metrópole de mais de vinte milhões de habitantes, será crucial para uma eventual extensão da lei a nível nacional.

Determinação e cautela

"Esta legislação de Pequim (...) deve ser a atitude adotada", considerou Bernhard Schwartleander, representante da Organização Mundial de Saúde (OMS) no país.
Após vários anúncios que pareciam ineficazes, a cautela se impôs.
Em 2011, pressionada pela OMS, a China adotou uma lei que proibia fumar em todos os espaços públicos. Mas nenhuma campanha efetiva de conscientização foi implementada, e o texto acabou virando letra morta.
Como esquecer, por exemplo, que as autoridades chinesas prometeram Jogos Olímpicos (em 2008, em Pequim) e uma Exposição Universal (em 2010, em Xangai) para "não fumantes" - promessas que os fatos trataram de desmentir.
"Esperamos pra ver o que acontece. Não esperamos que isso seja feito sem obstáculos", considera Schwartleander.
Uma prudência compartilhada pelos especialistas locais. "Não é realista abolir completamente o tabaco dentro dos lugares públicos, pois há muita gente que fuma", afirma Yang Gonghuan, diretora adjunta do Centro Chinês de Luta contra as Doenças. "A questão-chave será saber se há um controle".
Fumando um cigarro na frente de seu restaurante, onde os clientes fazem o mesmo sentados à mesa, o chef Li Tiescheng tem suas dúvidas: "Não acredito que uma medida legislativa seja suficiente. Isso é antes de tudo uma questão de educação".
Segundo os especialistas, o monopólio estatal da indústria do tabaco, que leva quase uma décima parte das rendas fiscais nacionais, representa um obstáculo para as medidas antitabaco.
A companhia estatal China National Tobacco Corporation (CNTC) é, de longe, o primeiro grupo de tabaco mundial, com uma produção três vezes superior à de seu concorrente número um, a Philip Morris.
A influente e opaca CNTC tem um quase monopólio no mercado chinês. Em 2012, seu faturamento foi de cerca de 170 bilhões de dólares - superando a Apple.

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quarta-feira, 20 de maio de 2015

Negócios com China reduzem influência dos EUA na América Latina

  • Há 3 horas

Premiê chinês, Li Keqiang, começou pelo Brasil sua visita a países da América Latina


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http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/05/150520_china_visita_america_latina_rb