terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Bolsa de Xangai volta a recuar e fecha em queda de quase 7%

A Bolsa de Xangai encerrou a sessão de terça-feira (26) em forte queda de 6,42%, em consequência das vendas em massa de ações, em um clima de pânico geral. O desempenho dos índices foi negativo mesmo diante das novas injeções de liquidez do Banco Central.
O índice composto de Xangai perdeu 6,42%, ou 188,72 pontos, a 2.749,79 unidades.
Na Bolsa de Shenzhen, segundo mercado financeiro da China continental, o índice teve perda ainda mais expressiva: 7,12%.
Mais cedo, o Banco Central da China (PBOC) injetou 440 bilhões de yuanes (US$ 67 bilhões) no sistema financeiro para responder à crescente necessidade de liquidez antes das festas do Ano Novo lunar.
Até hoje, as bolsas chinesas estavam vivendo um período de relativa estabilidade depois da crise do início do mês, quando os pregões do país estremeceram o mundo com perdas superiores a todo o ganho de 2015.
A demanda de dinheiro aumenta no país um pouco antes do Ano Novo chinês (o ano do macaco terá início em fevereiro). Neste período, as empresas pagam aos funcionários os salários e bônus anuais e os chineses aumentam as compras.
A Bolsa de Shenzhen, a segunda em importância do país, também viveu um dia similar e o índice de referência SZSE Component chegou a acumular perdas de 6,96% (708,98 pontos), fechando em 9.483,55.
A China tentou então de aplacar as perdas com um novo mecanismo de "circuit braker" do mercado que estreou neste mês de janeiro e que dias depois foi suspenso por provocar o efeito contrário ao desejado.
A Bolsa de Tóquio também encerrou a sessão de terça-feira em baixa de 2,35%. O índice Nikkei perdeu 402,01 pontos, a 16.708,90 unidades.
Bolsas europeias
As bolsas europeias também abriram em queda nesta terça. O índice português PSI20 recuava 0,2%, mas é um dos que menos caíam na Europa, que segue a tendência negativa do preço do petróleo e dos mercados asiáticos.
O índice DAX-30 da Bolsa de Valores de Frankfurt abriu em baixa de 1,28%, aos 9.611,84 pontos.
O índice da Bolsa de Valores de Milão, FTSE MIB, começou em queda de 1,52%, aos 18.358,92 pontos.
Já o índice geral, o FTSE Italia All-Share, caía 1,45% na abertura do pregão, para 20.012,77 pontos.
O índice seletivo CAC-40 da Bolsa de Valores de Paris abriu nesta terça-feira em baixa de 1,6%, aos 4.242,14 pontos.
O índice principal da Bolsa de Valores de Londres, o FTSE-100, recuava 1,41%, aos 5.793,93.


quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

China injeta 56 bilhões de euros no sistema financeiro para aumentar liquidez

O Banco do Povo da China (Pboc, Banco Central) injetou hoje (21) 400 bilhões (56 bilhões de euros) de yuan (a moeda chinesa) no sistema financeiro do país, a terceira ação de liquidez consecutiva nesta semana.
Após operações semelhantes, fixadas em 83 bilhões de euros e 20.979 milhões, na terça e na quarta-feira, respectivamente, o banco  fez uma terceira operação, por meio de acordos de recompra. O mecanismo pressupõe a recompra posterior dos títulos vendidos dentro de um prazo estabelecido.
A decisão do Banco do Povo é tomada depois de os últimos dados oficiais mostrarem um crescimento do Produto Interno Bruto chinês de 6,9% em 2015, o ritmo mais lento dos últimos 25 anos.
A data também coincide com a véspera das férias do Ano Novo lunar, que este ano começam em 8 de fevereiro, a principal festa das famílias chinesas, equivalente ao Natal nos países ocidentais e, por isso, marcada pelo aumento do consumo.
O valor injetado no sistema financeiro supera o do exercício de 2015, de 80 bilhões de yuan.