quarta-feira, 8 de julho de 2015

Após encarar oposição, Dilma embarca para Rússia

: Presidente embarcou nesta manhã para a Rússia, onde participará da reunião da cúpula dos Brics, depois de ter desferido críticas, em entrevista, a uma "certa oposição um tanto golpista"; antes Dilma fará uma parada na Cidade do Porto, em Portugal; chegada à cidade russa Ufá está prevista para depois das 18h, em tempo de participar do jantar de abertura oficial da cúpula

7 de Julho de 2015 às 14:33247 —  A presidente Dilma Rousseff embarcou na manhã desta terça-feira, 7, para a Rússia, onde participará da reunião da cúpula dos Brics - grupo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Antes de chegar a Ufá, na Rússia, Dilma fará uma parada na Cidade do Porto, em Portugal.  Antes de embarcar para a reunião do Brics, a presidente Dilma enquadrou a oposição golpista, liderada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG). Em entrevista à Folha de S. Paulo, publicada nesta segunda-feira, Dilma usou a palavra correta para denunciar o movimento antidemocrático que vem sendo liderado por determinada ala da oposição. Ao ser questionada sobre se terminará ou não o mandato, Dilma foi direto ao ponto e disse que isso representa apenas o desejo de uma certa oposição "golpista" (leia mais). Segundo a assessoria do Palácio do Planalto, o avião presidencial não tem autonomia de voo, sendo necessária a parada técnica, e, por ser uma viagem longa, foi decidido o pernoite. Até agora não está prevista nenhuma agenda oficial na Cidade do Porto.  Em janeiro do ano passado, entre a Suíça, onde participou do Fórum Econômico Mundial de Davos, e Cuba, Dilma fez uma parada em Lisboa. Ela passou a noite na capital portuguesa e foi a um restaurante. A parada não constava na agenda oficial. A chegada a Ufá está prevista somente para depois das 18h desta quarta-feira, em tempo de participar do jantar de abertura oficial da cúpula, no restaurante Dasko Garden, junto com os demais líderes do grupo.

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Clima: emergentes estreitam propostas

Divulgação
Izabella (E) e os ministros do Basic: ação conjunta
Em reunião nas Nações Unidas, Brasil, África do Sul, Índia e China defendem justiça e ambição no futuro protocolo que regulará emissões de carbono no mundo
Por: Lucas Tolentino - Editor: Marco Moreira

O Brasil declarou intenções conjuntas com África do Sul, Índia e China no novo acordo de corte de emissões de gases de efeito estufa, que deverá ser fechado pela comunidade global em dezembro próximo. Reunidos em Missão Oficial junto às Nações Unidas, em Nova York, os ministros de Meio Ambiente destas nações acordaram a necessidade de metas diferenciadas de redução conforme a realidade de cada nação

Juntos, os quatro países formam o chamado grupo Basic. Apesar de não negociarem em bloco, fazem reuniões periódicas para alinhavar questões comuns que são defendidas, anualmente, nas Conferências das Partes (COP) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC. Na sigla em inglês). A 21ª COP ocorrerá em dezembro, em Paris, e deverá gerar um acordo internacional capaz de frear o aquecimento global.
COMPROMISSO
A ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, e os demais representantes do Basic defenderão, na COP 21, um compromisso com obrigações diferentes para as nações desenvolvidas e para as em desenvolvimento. “Queremos um acordo justo e robusto”, destacou Izabella. A intenção é que os países desenvolvidos assumam metas mais ambiciosas, enquanto os em desenvolvimento se fortalecem para assumir compromissos maiores no corte de emissões.
Para limitar o aumento da temperatura média global a até 2 graus Celsius, o Basic defenderá a manutenção do princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas, no corte de emissões de gases de efeito estufa. Com isso, e expectativa é alcançar o maior esforço possível dos 193 países signatários da UNFCCC, conforme as possibilidades, singularidades e realidades econômicas e sociais de cada um.
Além disso, os ministros concordaram que o novo acordo climático deverá garantir a transparência e ser implantado com mecanismos de revisão capazes de preencher possíveis lacunas futuras. O grupo ressaltou, ainda, a importância das Contribuições Intencionais Nacionalmente Determinadas (INDCs, na sigla em inglês), que englobam medidas específicas para serem cumpridas pelos países quando o acordo começar a valer.
NAÇÕES UNIDAS
Após a reunião com os ministros do BASIC, na tarde de domingo (29/06), Izabella Teixeira participou do Painel de Alto Nível da Organização das Nações Unidas (ONU), que debateu questões como mitigação, adaptação e meios de implementação das políticas para mudanças climáticas. O encontro teve por objetivo impulsionar o compromisso dos países para o novo acordo climático, a ser firmado na COP-21.
Em seu discurso durante o Painel, a ministra Izabella destacou que o Brasil está no estágio final de elaboração das INDCs. “Também estão em curso nossas ações de mitigação voluntárias de redução de 36% das emissões projetadas no Brasil até 2020, ou mesmo antecipar esses resultados”, destacou a ministra.
SAIBA MAIS
Por mais que seja considerado natural, o efeito estufa tem aumentado nas últimas décadas e gerado mudanças do clima. Essas alterações decorrem do aumento descontrolado das emissões de substâncias como o dióxido de carbono e o metano. A liberação desses gases na atmosfera ocorre por conta de diversas atividades humanas, entre elas o transporte, o desmatamento, a agricultura, a pecuária e a geração e o consumo de energia.

Diante disso, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a Rio 92, teve como resultado o estabelecimento da UNFCCC, que conta com 193 países signatários. Todos os anos, representantes de todas essas nações se reúnem na Conferência das Partes (COP) para elaborar metas e propostas de mitigação e adaptação e para acompanhar as ações e acordos estabelecidos anteriormente.

No âmbito da UNFCCC, o Protocolo de Kyoto obriga os países desenvolvidos a reduzir em 5% as emissões com base nos dados de 1990. Firmado em 1997 na cidade japonesa, o pacto teve, inicialmente, a adesão de 37 nações ricas, que assumiram diferentes compromissos dentro da meta global de diminuição. Apesar de estar fora do grupo, o Brasil assinou voluntariamente o protocolo e definiu metas próprias de redução em território nacional. O Protocolo vigora até 2020, quando será substituído pelo acordo que as Partes pretendem negociar e assinar no fim deste ano, na COP 21, em Paris.
 
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) - 2028.1165