terça-feira, 26 de abril de 2011

Nos 25 anos de Chernobyl, Rússia propõe melhorar segurança nuclear (Postado por Erick Oliveira)

A Rússia vai propor na cúpula do G8, em maio, iniciativas para melhorar a segurança nuclear, afirmou o presidente russo Dimitri Medvedev nesta terça-feira (26), dia em que o mundo recorda a catástrofe na central nuclear de Chernobyl há 25 anos.
"A Rússia tratará na cúpula do G8 sobre iniciativas concretas referentes ao fortalecimento das medidas de segurança nas centrais nucleares", indicou Medvedev no texto publicado pelo Kremlin.
Essas medidas buscaram aumentar a responsabilidade dos países que utilizam a energia atômica, indicou o presidente russo. Medvedev e o presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, visitaram nesta terça o prédio da central nuclear acidentada.
Os dois chefes de Estado chegaram à central depois de assistir a uma cerimônia religiosa.
Medvedev anunciou ter enviado a seus colegas a proposta para uma convenção internacional sobre segurança nuclear. "Enviei hoje aos dirigentes dos principais países, a nossoas amigos e parceiros da Comunidade de Estados independentes, e certamente à Ucrânia uma proposta visando garantir o desenvolvimento necessário da segurança nuclear no mundo", declarou.
Putin
O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, disse que a tragédia de Chernobyl, a maior catástrofe nuclear na história do uso pacífico da energia nuclear, "foi uma lição para toda a humanidade".
O acidente "obrigou a revisar a confiabilidade e a segurança da energia nuclear", disse Putin em mensagem divulgada pelo governo russo.
Perdas
O primeiro-ministro ucraniano, Nikolai Azarov, estimou em US$ 180 bilhões as perdas causadas pela catástrofe na usina, o que chegou a representar 10% do orçamento anual do país.
Azarov afirmou que a explosão contaminou 145 mil quilômetros quadrados dos territórios da Ucrânia, de Belarus e da Rússia.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Vídeo com dancinha do presidente da Rússia faz sucesso na internet (Postado por Erick Oliveira)


Ao ritmo do sucesso pop dos anos 1990 'American Boy', os passos de dança do presidente russo Dimitri Medvedev se tornaram um sucesso imediato no site de compartilhamento de vídeos YouTube nesta quarta-feira. Assista ao vídeo.
Vestindo uma jaqueta prateada de colarinho aberto, Medvedev mexe de forma desajeitada os quadris e dá chutes, ao lado de outros convidados em uma festa, em um videoclipe de meio minuto publicado na noite de terça-feira.
A performance atraiu reações diversas dos russos, com quase 300 comentários em apenas algumas horas após ser colocada no ar.
'Parece que Medvedev engoliu um galho', disse uma pessoa.
Ávido usuário do Twitter, Medvedev é visto como mais liberal e tendendo ao Ocidente do que seu mentor e atual primeiro-ministro, Vladimir Putin, ex-oficial da KGB que o conduziu ao cargo mais importante do país em 2008.
Putin, que não podia concorrer a um terceiro mandato como presidente depois de seu governo de 2000 a 2008, é visto por muitos russos como o homem que está de fato no controle do país.
Ele não descartou a possibilidade de retornar ao Kremlin nas próximas eleições em março de 2012, dizendo que irá decidir junto com Medvedev qual deles será o candidato.

 Assista ao vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=by65jHTTJxQ

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Bancos de desenvolvimento dos Brics fecham acordo de cooperação (Postado por Erick Oliveira)

Os bancos de desenvolvimento dos países do Brics, grupo formado pelos emergentes Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, fecharam um acordo de cooperação para ampliar investimentos e comércio entre as potências emergentes.
Segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o acordo terá prazo de vigência de cinco anos e prevê o fortalecimento da cooperação financeira entre as instituições signatárias e o desenvolvimento do relacionamento econômico e comercial entre os países dos BRICS.
"O objetivo do grupo é propor, em 2012, duas medidas básicas: a criação de instrumentos que permitam a efetiva atuação conjunta das instituições, a fim de fomentar as relações comerciais entre os países, e mecanismos financeiros e operacionais que facilitem o apoio a projetos de interesse comum", informou o BNDES em comunicado.
O documento foi assinado na cidade de Sanya, na China, onde foi realizada a III Cúpula dos Chefes de Estado e de Governo dos Brics. Na ocasião, também foi firmado um protocolo de acesso que formalizará a adesão do banco de desenvolvimento da África do Sul ao grupo.

Para dar andamento ao processo, será formado um grupo de estudos integrado por representantes das cinco instituições – BNDES, China Development Bank (CDB), Bank for Development and Foreign Economic Affairs (Vnesheconombank, Rússia), Export-Import Bank of India (Eximbank, Índia) e Development Bank of Southern Africa (DBSA).

"A atuação e peso dos BRICS na economia mundial têm sido cada vez maiores. A crise financeira internacional de 2008 mostrou o potencial destes países na sustentação do crescimento global, o que aumentou as perspectivas de que essas nações possam ampliar sua influência também na dinâmica sociopolítica do planeta", disse o BNDES.
"O BNDES surge como um dos agentes de desenvolvimento dotados de uma crescente relevância. Em 2010, o Banco desembolsou o equivalente a US$ 96,3 bilhões, cifra superior ao de outras instituições internacionais de fomento, como o Banco Mundial, que liberou US$ 18,6 bilhões; o Banco Interamericano de Desenvolvimento, US$ 11,4 bilhões; e a CAF - Corporação Andina de Fomento -, US$ 4,6 bilhões", acrescenta o texto.

Brics querem medidas contra volatilidade nos preços de alimentos e energia

Gilberto Scofield Jr., enviado especial
 
SANYA (China). Produtores e consumidores intensivos de matérias-primas, os cinco países que integram o BRICS – Brasil, Rússia, Ìndia, China e África do Sul – encerraram hoje o seu terceiro encontro de cúpula em Sanya, no Sul da China, defendendo a adoção de mecanismos que reduzam a “excessiva volatilidade nos preços das commodities, particularmente de alimentos e energia”. Foi a saída encontrada por um grupo de países com interesses conflitantes para mostrar preocupação com um tema que vem ganhando espaço cada vez maior nas discussões do G-20 (o grupo das maiores economias do planeta) e num cenário em que distorções no câmbio e crescimento elevado vêm pressionando a inflação em vários países.
Mas ao contrário de alguns países desenvolvidos, como França e Alemanha, que pregam um mecanismo de controle nos preços de produtos alimentícios disfarçando suas próprias intenções protecionistas, a presença nos BRICS de grandes produtores de alimentos, como o Brasil, ou de petróleo, como a Rússia, fez o grupo focar no combate à especulação financeira – com maior regulação em mercados futuros de commodities, como derivativos - e no aperfeiçoamento dos cálculos de estoques como as principais armas contra a alta nas cotações.
“A volatilidade excessiva nos preços das commodities, particularmente de alimentos e energia, ameaçam a presente recuperação da economia mundial. Apoiamos a comunidade internacional no fortalecimento da cooperação para garantir estabilidade e forte desenvolvimento do mercado físico reduzindo as distorções e adotando regulamentação adicional dos mercados financeiros...A regulação do mercado de derivativos de commodities deve ser fortalecida para prevenir atividades capazes de desestabilizar os mercados. Devemos resolver o problema da falta de informações atualizadas e confiáveis sobre estoques e demanda nos níveis internacional, regional e local. Os BRICS vão estreitar a cooperação em segurança alimentar”, disse o comunicado.
- Precisamos combater a volatilidade nos preços agrícolas – afirmou o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh. Além dele, participaram da cúpula dos BRICS a presidente Dilma Rousseff, o presidente da China, Hu Jintao, o presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, e o presidente da África do Sul, Jacob Zuma. O assunto é controverso nos BRICS e opõe produtores como o Brasil e a Rússia de consumidores e importadores, como China, Índia e África do Sul.
Os países do bloco criticaram também a “ameaça dos grandes fluxos de capitais” para os países emergentes, cujas taxas de juros, maiores do que as dos países desenvolvidos, atraem grande volume de recursos em busca de ganhos rápidos, provocando desequilíbrio na cotação das suas moedas. Os cinco países condenaram a forma lenta que o sistema financeiro internacional vem conduzindo as prometidas reformas que vão garantir mais segurança ao sistema como um todo, uma decisão que o G-20 havia tomado logo após a crise econômica ter se espalhado pelo planeta.
"Apelamos a uma maior atenção diante dos riscos que representam os fluxos em massa de capitais internacionais sobre as economias emergentes", diz o comunicado. Parte desse processo, dizem os países, será facilitado com mudanças no comando dos organismos multilaterais de crédito, como FMI e Banco Mundial. Para evitar que seu discurso fosse ingterpretado como um libelo contra os paíse ricos – durante o encontro a rede estatal de TV chinesa CCTV exibiu um programa que se perguntava se os BRICS eram uma ameaça aos países desenvolvidos – a presidente Dilma Rousseff tratou de destacar o caráter “neutro” do grupo.
- A agenda dos BRICS não se define por oposição a nenhum outro grupo. Queremos agregar – afirmou Dilma. - Somos a favor de um mundo multipolar, sem hegemonias nem zonas de influência.
Os países tocaram na questão cambial, mas apenas para defender as discussões sobre diversificar o uso do dólar como referência nas transações internacionais e a ampliação da cesta de moedas usadas pelo FMI em suas operações financeiras.
Para especialistas e diplomatas envolvidos nas negociações, o maior trunfo do grupo dos BRICS é servir como uma oportunidade de coordenação dos principais países emergentes para assuntos levantados nas discussões do G-20, o grupo de maiores economias do planeta.
- Trata-se de um grupo de convergência. Se não houver convergência, o diálogo já é o bastante – disse um diplomata brasileiro que encabeçou as conversas em Sanya.
Ou seja, o grande trunfo do grupo é permitir que seus membros saibam de antemão qual a posição que terão sobre temas polêmicos, antes que entrem em cena as economias desenvolvidas, cujo poder de pressão financeira nas grandes discussões econômicas mundiais é inevitável. Como não é um mecanismo formal de negociação, as conversas costumam ser mais abertas.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Brasil e China fecham acordos na área de defesa





Recursos hídricos e nanotecnologia foram outras áreas contempladas por compromissos
Mariana Londres, do R7, em Brasília

AFPAFP
Dilma cumprimenta o presidente da China, Hu Jintao, após a assinatura de acordos em Pequim
O Brasil e a China assinaram nesta terça-feira (12) acordos de cooperação e de transferência de tecnologia nas áreas de defesa, recursos hídricos, nanotecnologia, agrícola e de transformação, além de um acordo que prevê a instalação de um instituto para o ensino da língua chinesa para brasileiros na Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Os acordos são resultado da viagem desta semana da presidente Dilma Rousseff à China, informou o Ministério das Relações Exteriores.

Na defesa, o acordo de cooperação prevê intercâmbio de experiências em operações militares, o que inclui as operações de manutenção da paz da ONU (Organização das Nações Unidas), treinamento militar conjunto e segurança em eventos importantes, como a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, por exemplo.

A cooperação para a defesa será feita por meio de visitas mútuas de delegações dos dois países, intercâmbios de instrutores, participação em cursos teóricos e práticos, visitas mútuas de navios e aeronaves militares, eventos culturais e desportivos e participação conjunta em pesquisa e desenvolvimento de programas de aplicação de tecnologia de defesa.


Para os recursos hídricos, a cooperação entre Brasil e China se dará na elaboração de políticas, leis e regulamentos sobre gestão da água, na gestão integrada de bacias hidrográficas fluviais, no controle de enchentes, combate à seca e mitigação de desastres, reforço de barragens e no planejamento, concepção, construção e gestão de projetos de transferência de longa distância de cursos d'água, como a transposição do Rio São Francisco, para citar um exemplo.

Na área de nanotecnologia, o acordo de cooperação prevê a criação do Centro Brasil-China de Pesquisa e Inovação em nanotecnologia, constituído por núcleos de pesquisa que interagirão entre si, utilizando a infraestrutura existente para executar projetos conjuntos de pesquisa e desenvolvimento, formação e capacitação de recursos humanos.

 

Indústria do bambu e ensino de língua chinesa também foram focos de acordos

A indústria do bambu também foi foco de um acordo de cooperação com transferência de tecnologia para o desenvolvimento da planta, tanto para a produção de muda, brotos e clones, como em máquinas e equipamentos e produtos laminados e para a construção civil, arquitetura, design, artesanato e decoração.

Os acordos assinados pela presidente Dilma Rousseff na China também incluem a criação de um centro para o ensino da língua chinesa no Brasil.

O centro será instalado dentro da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e tem como objetivo aumentar a compreensão entre os povos.