O crescimento expressivo da economia chinesa nos últimos anos trouxe de carona o aumento das vendas de automóveis no país. Pequim chegou a ver ameaçado seu título de capital mundial das bicicletas, mas o surgimento das bicicletas elétricas tem virado o jogo para o tradicional veículo de duas rodas. Hoje, o mercado interno das chamadas e-bikes na China é duas vezes maior – em unidades vendidas – do que o mercado automotivo, um alívio para uma metrópole como a capital chinesa.
Mesmo com avenidas largas e planejadas, a cidade precisou enfrentar os mesmos problemas de outras grandes metrópoles por conta da invasão dos carros: congestionamentos constantes, mesmo fora dos horários de pico, falta de estacionamento e aumento das mortes provocadas por acidentes e atropelamentos. O governo local criou faixas exclusivas para usuários de bicicleta, mas a medida vinha sendo apenas um paliativo, sem efeito contra o crescimento do número de automotores, até o recente boom das e-bikes.
“Vendo pelo menos 50 bicicletas elétricas por semana, mesmo com a concorrência de outras marcas mais baratas”, conta um representante de uma revenda em Pequim especializada na marca americana Giant. Há um número incontável de marcas diferentes destas bicicletas circulando no país asiático, feitas por pelo menos 2,8 mil fábricas autorizadas pelo governo chinês. Os modelos mais comuns custam menos de 2 mil yuan, ou cerca de R$ 550. E-bikes usadas saem por cerca de um terço deste valor.
Na China, só em 2010 foram vendidas mais de 21 milhões de bicicletas elétricas, contra pouco mais de 9 milhões de veículos. A frota, segundo estimativa recente, é de 120 milhões de e-bikes – há dez anos, segundo estimativa oficial, eram pouco mais de 50 mil. É o gadget da moda, disputando com o smartphone o desejo do consumidor chinês.
O aparelho, que utiliza baterias de lítio para impulsionar o eixo da roda traseira e eliminar em boa parte do trajeto a necessidade de pedalar, teve seu primeiro impulso à partir de um programa estabelecido pelo governo chinês no início dos anos 90 para desenvolver meios de transporte alternativos. Depois, em 2003, o surto da gripe asiática fez com que os chineses tentassem escapar da lotação comum a meios de transporte público, como ônibus e metrô.
Há ainda uma segunda força ajudando Pequim a seguir sobre duas rodas. Os jovens, mais adeptos à influência cultural do ocidente, adotaram as chamadas bicicletas de “roda fixa”, muito comuns entre os mensageiros e entregadores de cidades como Nova York e Londres. Trata-se de um veículo sem marchas e com o movimento do pedal diretamente atrelado ao da roda traseira. Não é possível, por exemplo, andar no “embalo”, sem pedalar. Muitas destas bicicletas dispensam até o freio tradicional, já que o ciclista pode parar simplesmente travando o pedal.
O centro local da cultura das “fixas” é a loja Natooke. Lá, os modelos mais simples, de fabricação nacional, custam a partir de mil yuan, ou cerca de R$ 275. É o suficiente para o transporte diário ou mesmo para participar de um dos esportes preferidos dos jovens que andam com este tipo de bicicleta, o “bike polo”, versão do polo sobre cavalos.
Mesmo com avenidas largas e planejadas, a cidade precisou enfrentar os mesmos problemas de outras grandes metrópoles por conta da invasão dos carros: congestionamentos constantes, mesmo fora dos horários de pico, falta de estacionamento e aumento das mortes provocadas por acidentes e atropelamentos. O governo local criou faixas exclusivas para usuários de bicicleta, mas a medida vinha sendo apenas um paliativo, sem efeito contra o crescimento do número de automotores, até o recente boom das e-bikes.
“Vendo pelo menos 50 bicicletas elétricas por semana, mesmo com a concorrência de outras marcas mais baratas”, conta um representante de uma revenda em Pequim especializada na marca americana Giant. Há um número incontável de marcas diferentes destas bicicletas circulando no país asiático, feitas por pelo menos 2,8 mil fábricas autorizadas pelo governo chinês. Os modelos mais comuns custam menos de 2 mil yuan, ou cerca de R$ 550. E-bikes usadas saem por cerca de um terço deste valor.
Na China, só em 2010 foram vendidas mais de 21 milhões de bicicletas elétricas, contra pouco mais de 9 milhões de veículos. A frota, segundo estimativa recente, é de 120 milhões de e-bikes – há dez anos, segundo estimativa oficial, eram pouco mais de 50 mil. É o gadget da moda, disputando com o smartphone o desejo do consumidor chinês.
O aparelho, que utiliza baterias de lítio para impulsionar o eixo da roda traseira e eliminar em boa parte do trajeto a necessidade de pedalar, teve seu primeiro impulso à partir de um programa estabelecido pelo governo chinês no início dos anos 90 para desenvolver meios de transporte alternativos. Depois, em 2003, o surto da gripe asiática fez com que os chineses tentassem escapar da lotação comum a meios de transporte público, como ônibus e metrô.
Há ainda uma segunda força ajudando Pequim a seguir sobre duas rodas. Os jovens, mais adeptos à influência cultural do ocidente, adotaram as chamadas bicicletas de “roda fixa”, muito comuns entre os mensageiros e entregadores de cidades como Nova York e Londres. Trata-se de um veículo sem marchas e com o movimento do pedal diretamente atrelado ao da roda traseira. Não é possível, por exemplo, andar no “embalo”, sem pedalar. Muitas destas bicicletas dispensam até o freio tradicional, já que o ciclista pode parar simplesmente travando o pedal.
O centro local da cultura das “fixas” é a loja Natooke. Lá, os modelos mais simples, de fabricação nacional, custam a partir de mil yuan, ou cerca de R$ 275. É o suficiente para o transporte diário ou mesmo para participar de um dos esportes preferidos dos jovens que andam com este tipo de bicicleta, o “bike polo”, versão do polo sobre cavalos.
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