quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Dilma critica espionagem; leia a íntegra do discurso na Assembleia Geral da ONU
 
Do UOL, em São Paulo
       
Leia a íntegra do discurso da presidente Dilma Rousseff na abertura da 68ª Assembleia Geral da ONU, nesta terça-feira (24):

Embaixador John Ashe, Presidente da sexagésima-oitava Assembleia-Geral das Nações Unidas,
Senhor Ban Ki-Moon, Secretário-Geral das Nações Unidas,
Excelentíssimos Senhores Chefes de Estado e de Governo,
Senhoras e Senhores,
Permitam-me uma primeira palavra para expressar minha satisfação em ver um ilustre representante de Antigua e Barbuda – país que integra o Caribe tão querido no Brasil e em nossa região – à frente dos trabalhos desta Sessão da Assembleia-Geral.
Conte, Excelência, com o apoio permanente de meu Governo.
Permitam-me também, já no início da minha intervenção, expressar o repúdio do Governo e do povo brasileiro ao atentado terrorista ocorrido em Nairóbi. Expresso as nossas condolências e a nossa solidariedade às famílias das vítimas, ao povo e ao Governo do Quênia.
O terrorismo, onde quer que ocorra e venha de onde vier, merecerá sempre nossa condenação inequívoca e nossa firme determinação em combatê-lo. Jamais transigiremos com a barbárie.
Senhor Presidente,
Quero trazer à consideração das delegações uma questão à qual atribuo a maior relevância e gravidade.
Recentes revelações sobre as atividades de uma rede global de espionagem eletrônica provocaram indignação e repúdio em amplos setores da opinião pública mundial.
No Brasil, a situação foi ainda mais grave, pois aparecemos como alvo dessa intrusão. Dados pessoais de cidadãos foram indiscriminadamente objeto de interceptação.
Informações empresariais – muitas vezes, de alto valor econômico e mesmo estratégico - estiveram na mira da espionagem. Também representações diplomáticas brasileiras, entre elas a Missão Permanente junto às Nações Unidas, e a própria Presidência da República tiveram suas comunicações interceptadas.
Imiscuir-se dessa forma na vida de outros Países fere o Direito Internacional e afronta os princípios que devem reger as relações entre eles, sobretudo, entre nações amigas. Jamais pode uma soberania firmar-se em detrimento de outra soberania. Jamais pode o direito à segurança dos cidadãos de um país ser garantido mediante a violação de direitos humanos e civis fundamentais dos cidadãos de outro país. Pior ainda quando empresas privadas estão sustentando esta espionagem.
Não se sustentam argumentos de que a interceptação ilegal de informações e dados destina-se a proteger as nações contra o terrorismo.
O Brasil, Senhor Presidente, sabe proteger-se. O Brasil, Senhor Presidente, repudia, combate e não dá abrigo a grupos terroristas.
Somos um país democrático, cercado de países democráticos, pacíficos e respeitosos do Direito Internacional. Vivemos em paz com os nossos vizinhos há mais de 140 anos.
Como tantos outros latino-americanos, lutei contra o arbítrio e a censura e não posso deixar de defender de modo intransigente o direito à privacidade dos indivíduos e a soberania de meu País. Sem ele – direito à privacidade - não há verdadeira liberdade de expressão e opinião e, portanto, não há efetiva democracia. Sem respeito à soberania, não há base para o relacionamento entre as Nações.
Estamos, Senhor Presidente, diante de um caso grave de violação dos direitos humanos e das liberdades civis; da invasão e captura de informações sigilosas relativas às atividades empresariais e, sobretudo, de desrespeito à soberania nacional do meu País.
Fizemos saber ao Governo norte-americano nosso protesto, exigindo explicações, desculpas e garantias de que tais procedimentos não se repetirão.
Governos e sociedades amigas, que buscam consolidar uma parceria efetivamente estratégica, como é o nosso caso, não podem permitir que ações ilegais, recorrentes, tenham curso como se fossem normais. Elas são inadmissíveis.
O Brasil, Senhor Presidente, redobrará os esforços para dotar-se de legislação, tecnologias e mecanismos que nos protejam da interceptação ilegal de comunicações e dados.
Meu Governo fará tudo que estiver a seu alcance para defender os direitos humanos de todos os brasileiros e de todos os cidadãos do mundo e proteger os frutos da engenhosidade dos trabalhadores e das empresas brasileiras.
O problema, porém, transcende o relacionamento bilateral de dois países. Afeta a própria comunidade internacional e dela exige resposta. As tecnologias de telecomunicação e informação não podem ser o novo campo de batalha entre os Estados. Esse é o momento de criarmos as condições para evitar que o espaço cibernético seja instrumentalizado como arma de guerra, por meio da espionagem, da sabotagem, dos ataques contra sistemas e infraestrutura de outros países.
A ONU deve desempenhar um papel de liderança no esforço de regular o comportamento dos Estados frente a essas tecnologias. E a importância da internet, dessa rede social, para a construção da democracia no mundo.
Por essa razão, Senhor Presidente, o Brasil apresentará propostas para o estabelecimento de um marco civil multilateral para a governança e uso da internet e de medidas que garantam uma efetiva proteção dos dados que por ela trafegam.
Precisamos estabelecer para a rede mundial mecanismos multilaterais capazes de garantir princípios como:
1 - Da liberdade de expressão, privacidade do individuo e respeito aos direitos humanos.
2 - Da Governança democrática, multilateral e aberta, exercida com transparência, estimulando a criação coletiva e a participação da sociedade, dos governos e do setor do privado.
3 - Da universalidade que assegura o desenvolvimento social e humano e a construção de sociedades inclusivas e não discriminatórias.
4 - Da diversidade cultural, sem imposição de crenças, costumes e valores.
5 - Da neutralidade da rede, ao respeitar apenas critérios técnicos e éticos, tornando inadmissível restrições por motivos políticos, comerciais, religiosos ou de qualquer outra natureza.
O aproveitamento do pleno potencial da internet passa, assim, por uma regulação responsável, que garanta ao mesmo tempo liberdade de expressão, segurança e respeito aos direitos humanos.
Senhor Presidente, Senhoras e Senhores,
Não poderia ser mais oportuna a escolha da agenda de desenvolvimento pós-2015 como tema desta Sessão da Assembleia-Geral.
O combate à pobreza, à fome, à desigualdade constitui o maior desafio de nosso tempo.
Por isso, adotamos no Brasil um modelo econômico com inclusão social, que se assenta na geração de empregos, no fortalecimento da agricultura familiar, na ampliação do crédito, na valorização do salário e na construção de uma vasta rede de proteção social, particularmente por meio do nosso programa Bolsa Família.
Além das conquistas anteriores, retiramos da extrema pobreza, com o Plano Brasil sem Miséria, 22 milhões de brasileiros, em apenas dois anos.
Reduzimos de forma drástica a mortalidade infantil. Relatório recente do UNICEF aponta o Brasil como país que promoveu uma das maiores quedas deste indicador em todo o mundo.
As crianças são prioridade para o Brasil. Isso se traduz no compromisso com a educação. Somos o país que mais aumentou o investimento público no setor educacional, segundo o ultimo relatório da OCDE. Agora vinculamos, por meio de lei, 75% de todos os royalties do petróleo para a educação e 25% para a saúde.
Senhor Presidente,
No debate sobre a Agenda de Desenvolvimento pós-2015, devemos ter como eixo os resultados da Rio+20.
O grande passo que demos no Rio de Janeiro foi colocar a pobreza no centro da agenda do desenvolvimento sustentável. A pobreza, Senhor Presidente, não é um problema exclusivo dos países em desenvolvimento, e a proteção ambiental não é uma meta apenas para quando a pobreza estiver superada.
O sentido da agenda pós-2015 é a construção de um mundo no qual seja possível crescer, incluir, conservar e proteger.
Ao promover, Senhor Presidente, a ascensão social e superar a extrema pobreza, como estamos fazendo, nós criamos um imenso contingente de cidadãos com melhores condições de vida, maior acesso à informação e mais consciência de seus direitos.
Um cidadão com novas esperanças, novos desejos e novas demandas.
As manifestações de junho, em meu País, são parte indissociável do nosso processo de construção da democracia e de mudança social.
O meu governo não as reprimiu, pelo contrário, ouviu e compreendeu a voz das ruas. Ouvimos e compreendemos porque nós viemos das ruas.
Nós nos formamos no cotidiano das grandes lutas do Brasil. A rua é o nosso chão, a nossa base.
Os manifestantes não pediram a volta ao passado. Os manifestantes pediram, sim, o avanço para um futuro de mais direitos, mais participação e mais conquistas sociais.
No Brasil, foi nessa década que houve a maior redução de desigualdade dos últimos 50 anos. Foi nesta década que criamos um sistema de proteção social que nos permitiu agora praticamente superar a extrema pobreza.
Sabemos que democracia gera mais desejo democracia. Inclusão social provoca cobrança de mais inclusão social. Qualidade de vida desperta anseio por mais qualidade de vida.
Para nós, todos os avanços conquistados são sempre só um começo. Nossa estratégia de desenvolvimento exige mais, tal como querem todos os brasileiros e as brasileiras.
Por isso, não basta ouvir, é necessário fazer. Transformar essa extraordinária energia em realizações para todos.
Por isso, lancei 5 grandes pactos: o pacto pelo Combate à Corrupção e pela Reforma Política; o pacto pela Mobilidade Urbana, pela melhoria do transporte público e por uma reforma urbana; o pacto pela Educação, nosso grande passaporte para o futuro, com o auxílio dos royalties e do fundo social do petróleo; o pacto pela Saúde, o qual prevê o envio de médicos para atender e salvar as vidas dos brasileiros que vivem nos rincões mais remotos e pobres do país; o pacto pela Responsabilidade Fiscal, para garantir a viabilidade dessa nova etapa.
Senhoras e Senhores,
Passada a fase mais aguda da crise, a situação da economia mundial ainda continua frágil, com níveis de desemprego inaceitáveis.
Os dados da OIT indicam a existência de mais de 200 milhões de desempregados em todo o mundo.
Esse fenômeno afeta as populações de países desenvolvidos e em desenvolvimento.
Este é o momento adequado para reforçar as tendências de crescimento da economia mundial que estão agora dando sinais de recuperação.
Os países emergentes, sozinhos, não podem garantir a retomada do crescimento global. Mais do que nunca, é preciso uma ação coordenada para reduzir o desemprego e reestabelecer o dinamismo do comércio internacional. Estamos todos no mesmo barco.
Meu país está recuperando o crescimento apesar do impacto da crise internacional nos últimos anos. Contamos com três importantes elementos: i) o compromisso com políticas macroeconômicas sólidas; ii) a manutenção de exitosas políticas sociais inclusivas; iii) e a adoção de medidas para aumentar nossa produtividade e, portanto, a competitividade do País.
Temos compromisso com a estabilidade, com o controle da inflação, com a melhoria da qualidade do gasto público e a manutenção de um bom desempenho fiscal.
Seguimos, Senhor Presidente, apoiando a reforma do FMI.

A governança do fundo deve refletir o peso dos Países emergentes e em desenvolvimento na economia mundial. A demora nessa adaptação reduz sua legitimidade e sua eficácia.
Senhoras e Senhores, Senhor Presidente,
O ano de 2015 marcará o 70º aniversário das Nações Unidas e o 10º aniversário da Cúpula Mundial de 2005.
Será a ocasião para realizar a reforma urgente que pedimos desde aquela cúpula.
Impõe evitar a derrota coletiva que representaria chegar a 2015 sem um Conselho de Segurança capaz de exercer plenamente suas responsabilidades no mundo de hoje.
É preocupante a limitada representação do Conselho de Segurança da ONU face os novos desafios do século XXI.

Exemplos disso são a grande dificuldade de oferecer solução para o conflito sírio e a paralisia no tratamento da questão israelo-palestina.
Em importantes temas, a recorrente polarização entre os membros permanentes gera imobilismo perigoso.
Urge dotar o Conselho de vozes ao mesmo tempo independentes e construtivas. Somente a ampliação do número de membros permanentes e não permanentes, e a inclusão de países em desenvolvimento em ambas as categorias, permitirá sanar o atual déficit de representatividade e legitimidade do Conselho.
Senhor Presidente,
O Debate Geral oferece a oportunidade para reiterar os princípios fundamentais que orientam a política externa do meu país e nossa posição em temas candentes da realidade e da atualidade internacional. Guiamo-nos pela defesa de um mundo multilateral, regido pelo Direito Internacional, pela primazia da solução pacífica dos conflitos e pela busca de uma ordem solidária e justa – econômica e socialmente.
A crise na Síria comove e provoca indignação. Dois anos e meio de perdas de vidas e destruição causaram o maior desastre humanitário deste século.
O Brasil, que tem na descendência síria um importante componente de nossa nacionalidade, está profundamente envolvido com este drama.

É preciso impedir a morte de inocentes, crianças, homens, mulheres e idosos. É preciso calar a voz das armas – convencionais ou químicas, do governo ou dos rebeldes.
Não há saída militar. A única solução é a negociação, o diálogo, o entendimento.

Foi importante a decisão da Síria de aceder à Convenção sobre a Proibição de Armas Químicas e aplicá-la imediatamente.
A medida é decisiva para superar o conflito e contribui para um mundo livre dessas armas. Seu uso, reitero, é hediondo e inadmissível em qualquer situação.
Por isso, apoiamos o acordo obtido entre os Estados Unidos e a Rússia para a eliminação das armas químicas sírias. Cabe ao Governo sírio cumpri-lo integralmente, de boa-fé e com ânimo cooperativo.
Em qualquer hipótese, repudiamos intervenções unilaterais ao arrepio do Direito Internacional, sem autorização do Conselho de Segurança. Isso só agravaria a instabilidade política da região e aumentaria o sofrimento humano.
Da mesma forma, a paz duradoura entre Israel e Palestina assume nova urgência diante das transformações por que passa o Oriente Médio.
É chegada a hora de se atender as legítimas aspirações palestinas por um Estado independente e soberano.
É também chegada a hora de transformar em realidade o amplo consenso internacional em favor de uma solução de dois Estados.
As atuais tratativas entre israelenses e palestinos devem gerar resultados práticos e significativos na direção de um acordo.
Senhor Presidente, Senhoras e Senhores,
A história do século XX mostra que o abandono do multilateralismo é o prelúdio de guerras, com seu rastro de miséria humana e de devastação.
Mostra também que a promoção do multilateralismo rende frutos nos planos ético, político e institucional.
Renovo, assim, o apelo em prol de uma ampla e vigorosa conjunção de vontades políticas que sustente e revigore o sistema multilateral, que tem nas Nações Unidas seu principal pilar.
Em seu nascimento, reuniram-se as esperanças de que a humanidade poderia superar as feridas da Segunda Guerra Mundial.
De que seria possível reconstruir, dos destroços e do morticínio, um mundo novo de liberdade, de solidariedade e prosperidade.
Temos todos a responsabilidade de não deixar morrer essa esperança tão generosa e tão fecunda.
Muito obrigada, Senhores e Senhoras.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Massa surpreende e põe Ferrari na frente em Xangai. Na 'guerra’ da Red Bull, Webber bate Vettel de novo

Felipe Massa surpreendeu os favoritos da Mercedes e Red Bull e fechou a sexta-feira com o melhor tempo dos treinos em Xangai. O brasileiro anotou 1min35s340 e foi 0s152 mais rápido que Kimi Räikkönen. Mark Webber foi o quinto, cinco posições à frente de Sebastian Vettel

Warm UpFERNANDO SILVA, de Sumaré

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Nem Mercedes, tampouco Red Bull. Felipe Massa fechou o primeiro dia de treinos livres do décimo GP da China da história da F1 com a melhor marca. Na segunda sessão desta sexta-feira (12), em Xangai, o brasileiro superou até com facilidade o favorito Nico Rosberg, melhor tempo do primeiro treino, e comandou a atividade no circuito chinês. Com 1min35s340 e usando pneus macios, Felipe não deu chances aos rivais e foi 0s152 mais rápido que Kimi Räikkönen, que também surpreendeu com a Lotus. O terceiro lugar ficou com Fernando Alonso, companheiro de Massa na Ferrari.

Para quem esperava ver Rosberg repetindo o domínio da manhã e liderar também o treino da tarde, o quarto lugar na segunda sessão em Xangai foi um resultado apenas razoável. Entretanto, o alemão deu vários indicativos de que tem carro para brigar por outro grande resultado e, talvez, até vencer novamente o GP da China no domingo. Nico terminou à frente de Mark Webber, que venceu a segunda batalha da ‘guerra’ interna da Red Bull e, a exemplo do que acontecera horas antes, voltou a bater Sebastian Vettel, discretíssimo e apenas o décimo.

Jenson Button voltou a apresentar boa performance com sua McLaren e andou em sexto, bem melhor que seu companheiro de equipe, Sergio Pérez, 11º. Lewis Hamilton foi só o sétimo colocado e terminou à frente da dupla da Force India, que voltou a mostrar bom trabalho em Xangai, com Adrian Sutil em oitavo e Paul di Resta em nono, logo à frente do tricampeão Vettel.

Rosberg? Que nada! Massa foi o mais rápido desta sexta-feira nos treinos livres em Xangai (Foto: Getty Images)

A segunda sessão de treinos livres do décimo GP da China da história começou bem mais movimentada, com vários pilotos deixando os boxes nos primeiros minutos, como de costume. O asfalto do circuito de Xangai — 36ºC de temperatura — se mostrava mais emborrachado e dava aos pilotos condições de registrarem bons tempos logo no início da atividade durante o período da tarde.

Não demorou mais do que quatro minutos para que o primeiro tempo fosse cronometrado. Esteban Gutiérrez, ainda em busca de quilometragem em seu primeiro ano na F1, marcou 1min41s876 em seu primeiro giro. Marca que, obviamente, seria batida com facilidade, já que vários oponentes estavam na pista, inclusive os pilotos das equipes favoritas no fim de semana: Red Bull e Mercedes.

E assim como na primeira sessão em Xangai, o início do segundo treino logo foi dominado pelas Flechas de Prata de Hamilton e Rosberg. Logo de cara, Lewis assinalou 1min37s935, enquanto seu companheiro de equipe fez ainda melhor e anotou 1min37s669, completando uma momentânea dobradinha na China. No outro extremo da tabela, Max Chilton estava parado na pista com problemas mecânicos no carro da Marussia.

Definitivamente a Mercedes mostrava grande performance, sobretudo com Rosberg, mas a Red Bull não ficava atrás. Webber mostrava força e, assim como pela manhã, parecia ter mais potencial do que seu algoz Vettel. Massa era outro que vinha bem no início da sessão, figurando em quarto, enquanto Alonso ainda não tinha tempo.

Fernando Alonso foi o terceiro colocado da sessão da tarde na China (Foto: Shell GP/Getty Images)

Por outro lado, Sergio Pérez decepcionava de novo em Xangai. Depois de bater na entrada do pit-lane no fim do treino da manhã, o mexicano, apenas 16º da primeira sessão, cometeu outro erro ao rodar na saída da curva 8 e bater com a traseira do MP4-28 na barreira de pneus. Enquanto isso, Button tirava leite de pedra de um carro ainda complicado e era o sexto.

Ainda com pneus médios, Rosberg seguia destruindo a concorrência e indicava volta após volta que era mesmo o homem a ser batido em Xangai. Em sua melhor passagem antes de retornar aos boxes, o alemão marcou 1min36s730, simplesmente 0s568 mais rápido que Hamilton. Mas em seguida, Lewis acelerou forte e reduziu a diferença para 0s064. Alonso, em sua primeira volta, subiu para terceiro, à frente de Webber e Massa.

Aí os pilotos começaram a deixar os boxes com pneus macios. A começar por Webber, que tinha 1min37s709 como melhor marca com os médios. Obviamente que seu tempo seria bem melhor, restava saber quanto seria melhor. Ao cruzar a linha de chegada e completar a volta, Mark subiu para primeiro e cravou 1min36s092, quase 1s7 mais rápido com os novos compostos macios.

Com 1min36s7 e ainda em segundo, Rosberg deixou os boxes com os macios pela primeira vez neste fim de semana. Nico superou Webber, estabeleceu a melhor marca do fim de semana e anotou 1min35s819, 0s9 melhor com os pneus macios e voltou à liderança da sessão em Xangai quando faltavam 59 minutos para o término das atividades de pista na sexta-feira. Hamilton também vinha forte e em condições de superar o parceiro de Mercedes, mas o tráfego da Sauber de Nico Hülkenberg atrapalhou suas pretensões. Na volta seguinte, o inusitado: Lewis estava lento e vinha à frente do alemão, que esbravejou contra o piloto da Mercedes via rádio.

Massa e Alonso ainda não haviam deixado os boxes com pneus macios, então a diferença da dupla da Ferrari para os ponteiros ainda era grande. Vettel foi à pista com os compostos ‘amarelinhos’, mas nem assim o alemão conseguiu se aproximar dos tempos estabelecidos pelos carros da Mercedes e também por Webber. Com 1min36s791 em sua primeira passagem, Sebastian ficou em quarto, distante 0s7 de Webber e 0s972 de Rosberg.

Vettel voltou a ser batido por Webber e fechou a sessão apenas em décimo (Foto: Getty Images)

Enquanto Alonso voltava à pista, mas com sua F138 calçada com pneus médios, Massa deixou os boxes com os macios e simplesmente estraçalhou com o tempo dos rivais. Dono da melhor parcial dos dois primeiros trechos na sessão, o brasileiro cravou 1min35s340, não apenas subiu para a liderança do treino, como também colocou 0s479 de vantagem para Rosberg no momento em que faltavam 46 minutos para o término do treino.

A pista seguia melhorando e permitia a carros que não são considerados favoritos galgar posições no topo. Como Kimi Räikkönen e o Lotus E21. O finlandês fez grande volta com os pneus macios e subiu para segundo, sendo 0s152 mais lento que Massa, seu ex-companheiro de equipe na Ferrari e que lhe ajudou a vencer o GP da China de 2007.

Alonso só foi fazer sua primeira volta rápida com os macios com 1h20min de treino. Em sua primeira passagem, Fernando andou 0s415 atrás de Massa e fechou apenas em terceiro, mas superando fortes rivais como Rosberg, Webber, Hamilton e Vettel, que vinha bem discreto e estava apenas em décimo.

Dez posições atrás de Vettel, aparecia Pérez. Depois de um longo tempo nos boxes, o mexicano, sob pressão, voltou à pista com sua McLaren também calçada com pneus macios. O moço de Guadalajara obviamente melhorou seu tempo, mas não o bastante para sequer chegar perto de Button, ficando 0s6 atrás do colega de equipe. ‘Checo’ decepcionava demais.

Ao passo em que o treino se encaminhava para o final, era nítido o enorme desgaste dos pneus macios. As imagens em câmera lenta evidenciava a enorme degradação dos compostos dianteiros até mesmo nas retas. Mais uma vez, os pneus serão o grande quebra-cabeça para pilotos e equipes na temporada 2013 da F1.

Até mesmo por conta do grande desgaste dos pneus macios, muitos pilotos optaram por não usar tanto os compostos e voltaram a correr com os médios nos minutos finais de sessão em Xangai. Assim, não houve grande mudança no rol dos primeiros colocados do segundo treino desta sexta-feira, e Massa garantiu o melhor tempo do dia no primeiro dia de atividades do GP da China.

Massa destaca desempenho com pneu macio: “Era como pilotar um carro diferente”
O segundo trailer do filme 'Rush'

F1, GP da China, Xangai, treino livre 2:
 
1
Felipe MASSA
BRA
Ferrari
1:35.340
 
32
 
2
Kimi RÄIKKÖNEN
FIN
Lotus Renault
1:35.492
+0.152
32
 
3
Fernando ALONSO
ESP
Ferrari
1:35.755
+0.415
30
 
4
Nico ROSBERG
ALE
Mercedes
1:35.819
+0.479
35
 
5
Mark WEBBER
AUS
Red Bull Renault
1:36.092
+0.752
31
 
6
Jenson BUTTON
ING
McLaren Mercedes
1:36.432
+1.092
29
 
7
Lewis HAMILTON
ING
Mercedes
1:36.496
+1.156
39
 
8
Adrian SUTIL
ALE
Force India Mercedes
1:36.514
+1.174
32
 
9
Paul DI RESTA
ESC
Force India Mercedes
1:36.595
+1.255
33
 
10
Sebastian VETTEL
ALE
Red Bull Renault
1:36.791
+1.451
27
 
11
Sergio PÉREZ
MEX
McLaren Mercedes
1:36.940
+1.600
16
 
12
Romain GROSJEAN
FRA
Lotus Renault
1:36.963
+1.623
31
 
13
Esteban GUTIÉRREZ
MEX
Sauber Ferrari
1:37.103
+1.763
22
 
14
Daniel RICCIARDO
AUS
Toro Rosso Ferrari
1:37.206
+1.866
39
 
15
Jean-Éric VERGNE
FRA
Toro Rosso Ferrari
1:38.127
+2.787
34
 
16
Valtteri BOTTAS
FIN
Williams Renault
1:38.185
+2.845
18
 
17
Nico HÜLKENBERG
ALE
Sauber Ferrari
1:38.211
+2.871
32
 
18
Pastor MALDONADO
VEN
Williams Renault
1:38.276
+2.936
34
 
19
Jules BIANCHI
FRA
Marussia Cosworth
1:38.725
+3.385
29
 
20
Giedo VAN DER GARDE
HOL
Caterham Renault
1:39.271
+3.931
21
 
21
Charles PIC
FRA
Caterham Renault
1:39.814
+4.474
27
 
 
TEMPO 107%
TL1
 
 
1:42.014
+6.674
 
 
22
Max CHILTON
ING
Marussia Cosworth
1:43.227
+7.887
5
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REC
Michael SCHUMACHER
ALE
Ferrari F2004
 
1:32.238
25/09/2004
 
 
MV
Michael SCHUMACHER
ALE
Ferrari F2004
 
1:32.238
25/09/2004
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Condições do tempo
 
SOL ENTRE NUVENS
 
ar: 21-22ºC | pista: 31-36ºC
 
Pneu macio
 
Pneu médio
 
 
 
 
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vitonez profile
vitonez Parece que Brasilino Pacheco tem motivos para comemorar hoje. Massa na frente, uhu! bit.ly/112BhLj #F1 2 minutes ago · reply · retweet · favorite
JulianaTesser profile
JulianaTesser Nunca acreditem em uma bula de remédio que diz que tem só 3% de chance de dar sono... 25 minutes ago · reply · retweet · favorite
Fernando_Silva7 profile
Fernando_Silva7 #sóderrota RT @Marussia_F1Team: More bad news for Max who will have to pull over on track 3 hours ago · reply · retweet · favorite
Fernando_Silva7 profile
Fernando_Silva7 Pelo que (não) tá andando, Pérez lembra muito Ivan Capelli, que foi bem em times intermediários, mas decepcionou em uma equipe grande. #F1 3 hours ago · reply · retweet · favorite
Fernando_Silva7 profile
Fernando_Silva7 Enquanto o bicho pega na #F1, começa a movimentação lá em Portugal com o WRC (via @CitroenRacing). Coisa linda: pic.twitter.com/cikXi0wdJI 4 hours ago · reply · retweet · favorite
Fernando_Silva7 profile
Fernando_Silva7 E o Pérez, heim? Mera caricatura do promissor piloto dos tempos de Sauber em 2011 e 2012. Kobayashi é muito melhor. #F1 4 hours ago · reply · retweet · favorite
Fernando_Silva7 profile
Fernando_Silva7 Tá aí um cara da antiga que manda bem demais: Carlos Dafé: youtu.be/Fz2OgMs9oUI via @youtube 5 hours ago · reply · retweet · favorite
Fernando_Silva7 profile
Fernando_Silva7 Antes da F1, documentário bem interessante passando agora no SporTV 2 sobre os desempregados do futebol. 5 hours ago · reply · retweet · favorite
flaviogomes69 profile
flaviogomes69 quem é essa chata insuportável no Jô? 6 hours ago · reply · retweet · favorite
flaviogomes69 profile
flaviogomes69 Não vou pra Londres. RT @FiqueligadoJoo: E ai amigo,Fã do seu trabalho,quando vir em Londres me avisa Que vamos tomar umas 6 hours ago · reply · retweet · favorite
flaviogomes69 profile
flaviogomes69 Inferno da porra. RT @Andre_PMELLO: hahahaha eu tambem não tenho saco, mas esse é muito facil, depois q aprende é moleza. 6 hours ago · reply · retweet · favorite
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flaviogomes69 Não, não conheço ninguém. RT @Rituska_: Lembras/conheces o "Gêra de Itu"? Conheci há pouco aqui em Piracicaba . Mandou abraços pra ti! 6 hours ago · reply · retweet · favorite
flaviogomes69 profile
flaviogomes69 Nada, não acho nada de nada. RT @RafaColoradoPaz: mestre, o que o sr. acha dessa música youtu.be/DcOxeLGn5KA 6 hours ago · reply · retweet · favorite
flaviogomes69 profile
flaviogomes69 Inferno, editar esses vídeos de corrida. RT @Andre_PMELLO: @flaviogomes69 Som continua não funcionando. 6 hours ago · reply · retweet · favorite
vitonez profile
vitonez Pelo que relata o amg @HenryBonillaF1, parece que deu um terremoto forte no México. 6 hours ago · reply · retweet · favorite
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